Thursday 26 March 2009

Bando do Velho Chico



Tudo começou há vinte anos quando o menino Marcelo ganhou seu primeiro violão, um presente da irmã. Logo se juntou ao amigo Gerri e a parceria deu origem ao grupo musical conhecido por todos como Bando Velho Chico. Hoje, um grande sucesso principalmente dentro do estilo musical de raiz e do forró-pé-serra, participando do calendário dos grandes eventos da música brasileira e acima de tudo, levando nossa cultura ribeirinha para o mundo ver e ouvir. Desde o seu estilo musical à indumentária, o Bando Velho Chico é original e inconfundível.Em entrevista exclusiva ao Portal Velho Chico, o grupo conta um pouco da sua história e fala sobre o seu trabalho. Leia o artigo na íntegra.
Como surgiu a banda?O bando surgiu em 2004, através do nosso 1º CD - Saudades do Velho Chico -com Marcelo Nunes e Gerri Cunha, através do mesmo é que montamos o grupo e daí foram entrando companheiros que abraçaram a causa de levar nossa cultura adiante.
A banda mantém a mesma formação do início?Ouve uma pequena mudança, mas a base continua e continuará sempre firme, pois temos um compromisso com a arte e com nossa cultura.
Quais os nomes, profissões e o que faz (instrumento) cada membro?O grupo Bando Velho Chico é composto de 6 integrantes:
Marcelo Nunes: Violão, triângulo, Voz e compositor
Eudes Cunha: Flautista, Educador Musical, formado pela UFBA
Gerri Cunha: Sanfona, Voz, violão compositor
Igor Reis: Zabumba, Violão, Voz, Compositor e Artista plástico
Anderson Serra Valle: Baixista, Voz, Compositor e violão
Como o nome foi escolhido?O nome foi escolhido numa viagem de Ibotirama a Salvador, dentro do ônibus e também pelo fato de sermos ribeirinhos, por isso nasceu o nome, de onde Marcelo Nunes e Gerri cunha são filhos, da cidade de Ibotirama.
Onde ocorrem os ensaios?Na residência Universitária da UFBA onde moramos por alguns meses assim que chegamos a Salvador pra Tocar na região com o Cantor, compositor, sanfoneiro, violeiro e forrozeiro Celo Costa.
Qual o estilo musical da banda?Forró pé-de-serra na veia, sem fugir jamais de nossas raízes que vai desde o mestre Luiz Gonzaga a Jackson do pandeiro, com composições próprias do grupo.
É muito caro manter uma banda?Muito caro. Por essa razão, a nossa banda não existe patrão, trabalhamos em conjunto, somos um grupo de grandes amigos.
Dá pra ganhar dinheiro fazendo música ou é apenas por prazer?Da pra ganhar sim, todo e qualquer grupo precisa, antes de tudo, se profissionalizar, assim você consegue avançar e ganhar respaldo e respeito e automaticamente ser valorizado.
De quais eventos de renome a banda já participou?Tocamos em vários espaços culturais em salvador, em várias cidades do Interior da Bahia como: Irecê, São Gabriel por três anos consecutivos, dividindo palco com grandes nomes do cenário nacional e baiano como: Chico César, Geraldo Azevedo, Belchior, Vander Lee, Zé Geraldo, Raimundo Sodré, Paulo Diniz, Renato Teixeira, Armandinho, Mariu Ulhôa, entre outros maravilhosos artistas amigos. Gravamos um CD ao vivo em Irecê no São João 2008.
Qual a agenda de shows?Estaremos tocando em Várias cidades do Interior da Bahia. Todas as quartas-feiras estaremos tocando na varanda do SESI no Rio Vermelho em Salvador. Em Agosto, estaremos indo pra Itália participar de um grande festival de rua, o Festival de Ferrara. Mas os admiradores do Bando podem ficar tranquilos; em agosto eles têm presença confirmada nos festejos do aniversário da cidade de Ibotirama.
Quais as maiores dificuldades que a banda enfrenta?Uma das maiores dificuldade é saber que muitos artistas, são beneficiados e outros não. Infelizmente isso acontece e vem acontecendo sempre e a grande prejudicada nessa história é simplesmente a nossa cultura.
A banda tem músicas de autoria própria?O Bando como foi dito no início, é composto de 6 integrantes e todos são compositores. Estaremos logo em breve trabalhando nosso CD autoral. E já está pronto o repertório do CD Bando Velho Chico.
O estilo musical de vocês é mais aceito por que tipo de público?Nossa música vai dos jovens aos senhores, dos pequenos aos grandes, não tem idade, é pra todos os gostos. O que falta são os meios de comunicações abrir espaço para que o povo ouça também a música que faz parte da nossa cultura de raiz. Todo ser Humano gosta de coisa boa, só precisamos de oportunidade.
A música regional é bem difundida Brasil a fora?Gostaríamos que fosse, mas infelizmente ainda não é assim que acontece, mas podemos dizer que boa parte dos brasileiros e do mundo está sim ouvindo músicas de raiz, e sabem da importância desse gênero musical. Já sabemos que o forró em outros países está sendo cultuado com muita força, por isso podemos nos dar o luxo de que o mundo sabe e saberá cultivar melhor nossas canções que são recheadas de conteúdos educadores.
O que o bando tem feito culturalmente?Participamos de grandes projetos, levando nossa mensagem em canções de caráter totalmente ecológica, como o Eco do São Francisco em Paulo Afonso, em defesa da revitalização do nosso querido rio São Francisco, levando nossa cultura do Médio São Francisco para todo o vale ribeirinho. E lançamos nosso CD Marcelo Nunes e Gerri Cunha, intitulado Saudades do Velho Chico.
Novos trabalhos à vista?Como foi citado no início, estamos com o CD do Bando, pronto pra entrar em estúdio e estou lançando também o meu CD autoral Marcelo Nunes, intitulado, Toando Andanças que estará pronto logo em breve, e contará com a participação do Bando do Velho Chico e grandes artistas do cenário nacional e baiano.
Por que o bando não está em Ibotirama?Já tivemos o privilégio de estar em Ibotirama e tocar em projetos importantes como: Festival de Música, São João e daí surgiram, Marcelo Nunes e Gerri Cunha e o Bando Velho Chico, gostaríamos de estar participando mais, afinal de contas, essa é nossa cidade natal que temos o orgulho de representá-la por onde passamos, mais acreditamos na cultura Ibotiramense.
Como contratar a banda?e-mail bandodovelhochicoproduções@hotmail.comMarcelo Nunes: 71 9176-0769, 8867-7120,9955-3145.e-mail: marcelo_elen@yahoo.com.brGerri Cunha: 71 9123-0556
Paralelo ao trabalho do Bando e da agenda de eventos, Marcelo ainda dedica parte do seu tempo para concretizar seu CD solo. O novo trabalho autoral de Marcelo Nunes - “TOANDO ANDANÇAS” - que logo estará chegando a Ibotirama terá participações especiais como: Targino Gondim, Mariene de Castro, Ton Ton Flores e Dinho Oliveira. O CD traz também as parcerias de Cleber Eduão, Jarbas Éssi, Geromão e André Marques.
fonte by Portal do Velho chico

Dancarina Ibotiramense brilha palco brasileiro










Eutália Alves Martins dos Santos, artisticamente conhecida como Liah, tem 23 anos e é dançarina profissional fazendo parte do meio artístico há quase 10 anos, tempo em que passou por várias bandas no circuito paulista como: Máfia do Forró, Cariciar e Camisa Suada. Atualmente é dançarina do forrozeiro Frank Aguiar. Liah ganhou este apelido aos 15 anos no colégio, quando uma amiga achou que somente o final do seu nome seria de mais fácil pronúncia.

Liah nasceu em ibotirama, na rua Nossa Senhora da Guia e aos quatro anos de idade foi para São Paulo com a família tentar a vida. Aos nove anos voltou a Ibotirama, onde morou por mais um ano. Depois de passar outros quatro anos em São Paulo, aos 14, voltou novamente a Ibotirama para estudar. “Confesso que essa foi a uma das melhores fases da minha vida, foi quando eu pude ver melhor o povo da minha cidade e conviver com meus parentes [...] lembro-me que foi também nesta fase eu entrei em um grupo de dança que havia na cidade, e fiz pequenas apresentações no palco da praça no cais. Foi muito legal!” , diz Liah.No ano 2000 ela retornou pra São Paulo e foi aí que sua vida mudou. "Sempre gostei de dançar, adorava axé, forró, pagode; tudo me encantava. Um dia estava num baile quando uma banda me chamou pra dançar no palco pra ganhar um CD, um tipo de concurso com outras meninas, e acabei ganhando. Daí o dono da banda me chamou pra fazer parte do grupo ( Mulekes do Forró) foi quando comecei dançar profissionalmente, de lá não parei mais”, relembra Liah. Depois de três meses viajando com a banda pelo Paraná, voltou pra Sampa e ingressou na banda Marca do Forró dentre outras.Em 2005 depois de muito buscar espaço em uma banda de renome, Liah pensou em parar. “... o mundo da dança é muito cruel. Vida de artista não é fácil!" Na ocasião conseguiu emprego como estagiária em um banco, mas depois de um ano e meio largou tudo o emprego, os estudos e o namorado e voltou a dançar em uma banda de muito sucesso, a banda Cariciar. “Foi um encanto pra mim, juro que dava muito medo de ter largado tudo pra seguir uma coisa incerta, mas foi muito bom pra minha carreira profissional como dançarina, pois de lá pra cá tive um reconhecimento enorme no mundo da música, todos os forrozeiros de São Paulo conhecem meu trabalho”. Hoje depois de todos os esforços, ela dança com Frank Aguiar, mas continua lutando por um reconhecimento ainda maior. “Chegar até aqui hoje não foi fácil, lutei muito, sofri muito, pois nunca tive aulas de dança, aprendi a dançar com a vida, ela foi a melhor escola de dança que alguém pode ter! [...] sempre que posso, vou à Ibotirama visitar meus parentes. Amo esta cidade, adoro as festas, e é muito bom voltar a uma cidade, que tem a minha história de vida, onde tudo começou, isso é muito bom!”, conclui Liah.
por Dimas Júnior
fonte: Portal velho chico